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Reflexão inesperada: o que ainda não foi dito sobre o Dia Mundial da Alimentação

Reflexão inesperada: o que ainda não foi dito sobre o Dia Mundial da Alimentação
Reflexão inesperada: o que ainda não foi dito sobre o Dia Mundial da Alimentação - Imagem: www.pixabay.com
Resumo
Resumo da notícia: Em pleno século 21, o Dia Mundial da Alimentação acende um alerta desconcertante: a fome e a má nutrição continuam sendo desafios globais, apesar dos avanços tecnológicos, científicos e econômicos conquistados nas últimas décadas. O tema é abordado com franqueza pelo professor José Eli da Veiga, que destaca a necessidade urgente de repensar nosso sistema agroalimentar, o papel das pesquisas inovadoras e a busca por alternativas mais saudáveis e diversas para o futuro da alimentação.

Falar sobre alimentação vai muito além de escolhas à mesa — é refletir sobre desigualdade, inovação e futuro. O Dia Mundial da Alimentação mexe com nossa consciência, porque ainda é doloroso admitir que, mesmo com tantas conquistas em saúde e produção, milhões de pessoas enfrentam fome diariamente. Isso nos convida a sair do senso comum e abraçar uma discussão mais profunda: por que, em pleno 2025, ainda tropeçamos nesse problema que parecia encaminhado para o passado?

Dia Mundial da Alimentação e os contrastes do progresso

Quando a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) celebra seu octogésimo aniversário e, junto, o Dia Mundial da Alimentação, muita gente imagina que assunto como fome já teria ficado para trás. Só que o cenário real é bem diferente. Apesar dos progressos em infraestrutura, ciência e tecnologia desde o século passado, a presença constante da fome e da má nutrição retrata um paradoxo difícil de engolir.

Esse contraste ganhou destaque na coluna do professor José Eli da Veiga. Para ele, a persistência dos riscos alimentares sinaliza que, ao olharmos para o futuro da humanidade, a conversa mais importante continua sendo sobre como alimentar todos de maneira digna. E essa reflexão escancara uma questão central: se temos tantos recursos, onde estamos falhando?

A monotonia alimentar e o desafio da mudança

O debate vai além de resolver o problema imediato da fome. Há uma preocupação crescente com a padronização das lavouras e da produção de alimentos animais pelo planeta. Grande parte das calorias consumidas no mundo vem de poucas espécies vegetais e animais, e a indústria dos ultraprocessados só agrava isso. O resultado? Uma dieta global monótona, pouco saudável e que não valoriza nossa biodiversidade.

Pesquisadores, como Ricardo Abramovay e sua equipe na Faculdade de Saúde Pública da USP, vêm chamando atenção para a necessidade de uma transformação ampla no sistema agroalimentar. O desafio é encontrar um caminho entre a ruptura total e uma mudança lenta demais, apostando numa verdadeira reconfiguração de como produzimos, distribuímos e consumimos alimentos.

O que está por vir: reflexões e novas ideias

Essa vontade de romper a monotonia alimentar está prestes a ganhar ainda mais visibilidade. Um novo livro, com lançamento planejado para novembro, vai reunir as ideias centrais desses estudos e propostas inovadoras. O título já diz a que veio: Caminhos para a Transição do Sistema Agroalimentar. A obra promete provocar o debate, tanto dentro da universidade quanto em eventos internacionais como a COP 30, propondo saídas práticas para um desafio que, literalmente, está no prato de todos.

A discussão sobre o Dia Mundial da Alimentação é um convite a encarar de frente a fome, a má nutrição e a mesmice do cardápio global. Mais do que celebrar avanços, é hora de agir — seja apoiando pesquisas, diversificando escolhas ou cobrando políticas que garantam comida de verdade para todos.

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