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Impostômetro dispara: valor arrecadado em impostos pelos brasileiros se aproxima dos R$ 3 trilhões em 2024

Impostômetro dispara: valor arrecadado em impostos pelos brasileiros se aproxima dos R$ 3 trilhões em 2024
Imagem: Unsplash
Resumo
O volume de tributos pagos pelos brasileiros está prestes a atingir a marca histórica de R$ 3 trilhões em 2024, segundo o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo. Esse resultado será alcançado em outubro, quase um mês antes do que no ano passado, indicando um salto expressivo de 9,37% na arrecadação tributária nacional.

A sensação de que a carga tributária pesa cada vez mais no bolso do cidadão encontra respaldo nos números: a arrecadação com impostos, taxas e contribuições disparou em 2024, colocando o Brasil entre os países que mais rapidamente ampliam seus cofres públicos. Entender os motivos por trás desse avanço é fundamental para qualquer brasileiro que lida diariamente com os custos de produtos, serviços e até mesmo das apostas ou das encomendas internacionais, todos impactados por novos tributos.

Arrecadação cresce e bate recorde de R$ 3 trilhões em tempo recorde

De janeiro a outubro de 2024, o painel do Impostômetro – ferramenta que mede em tempo real toda a tributação nacional – evidencia o ritmo acelerado da máquina arrecadadora. O valor chega a R$ 3 trilhões 25 dias antes em relação ao ano anterior, apontando não apenas para uma economia mais movimentada, mas também para um contexto de inflação elevada, que acaba inflando os valores dos tributos cobrados sobre bens e serviços.

De acordo com Ulisses Ruiz de Gamboa, da Associação Comercial de São Paulo, a principal razão para esse crescimento acelerado é o aquecimento da economia combinado ao sistema tributário majoritariamente baseado no consumo. Ou seja, quanto mais caro o produto na prateleira ou o serviço no aplicativo, maior a fatia dos impostos.

Fatores por trás do salto nos impostos pagos

Por trás desse verdadeiro turbilhão de recursos arrecadados estão diversas mudanças recentes na legislação tributária e medidas pontuais adotadas pelos governos. Entre elas, destacam-se a taxação de fundos exclusivos e investimentos no exterior (offshores), alterações nas regras dos incentivos estaduais para empresas, volta da cobrança integral de impostos sobre combustíveis e a nova tributação de apostas online (“bets”), que já movimentaram bilhões este ano.

O cidadão comum também sentiu no bolso a chamada “taxa das blusinhas” sobre encomendas internacionais – que colocou até as compras de plataformas como Shopee, Shein e AliExpress no radar do Fisco. Soma-se ao cenário o aumento gradual de impostos sobre a folha de pagamento de empresas, o fim dos benefícios fiscais para o setor de eventos e elevações pontuais no ICMS e no IOF.

Arrecadação dispara, mas despesas do governo seguem crescendo

Chama atenção o fato de que, mesmo batendo recordes de arrecadação, o governo brasileiro mantém despesas em patamares ainda mais altos. Enquanto os impostos somam quase R$ 3 trilhões, os gastos públicos já ultrapassaram os R$ 3,98 trilhões em 2024, de acordo com a ferramenta Gasto Brasil.

Ulisses Ruiz de Gamboa alerta para o desequilíbrio: mesmo com o aumento na entrada de dinheiro, as despesas seguem crescendo e superam o que é arrecadado em cerca de R$ 1 trilhão – isso antes mesmo de contabilizar o pagamento dos juros da dívida pública. O resultado é um cenário de contas públicas “no vermelho”, exigindo reformas profundas para evitar problemas ainda maiores no futuro.

Números que impactam a rotina do brasileiro

O aumento na arrecadação de impostos não é apenas um dado macroeconômico: ele se reflete nas prateleiras dos supermercados, nas bombas de combustível, na tarifa das apostas ou naquela encomenda internacional que antes chegava, muitas vezes, sem taxas. Com mais arrecadação e menos controle nas despesas, cresce a pressão por debates sobre reforma tributária, transparência e eficiência no uso desse dinheiro que sai, dia após dia, do bolso de toda a sociedade.

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