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Governo Lula coloca fim ao aumento das tarifas do café no topo da agenda

Governo Lula coloca fim ao aumento das tarifas do café no topo da agenda
Imagem: Mike Kenneally / Unsplash
Resumo
O governo brasileiro, liderado pelo presidente Lula, colocou a reversão do aumento das tarifas sobre o café como uma de suas principais pautas diplomáticas. Desde que os Estados Unidos elevaram a taxa de importação do produto, as exportações brasileiras do grão despencaram, trazendo preocupação à maior potência cafeeira do planeta. Agora, a agenda de Brasília se concentra em reverter a medida para proteger produtores e manter o país competitivo no mercado internacional.

Poucos produtos simbolizam tão bem o Brasil quanto o café. Se para muita gente ele marca o começo do dia, para o agronegócio nacional ele representa décadas de tradição, geração de empregos e bilhões em exportação. Quando um tarifaço imposto pelos EUA colocou em risco essa cadeia, a discussão ultrapassou fronteiras e virou uma corrida diplomática para preservar o orgulho e o ganha-pão brasileiro. O impacto é sentido do pequeno produtor ao grande exportador, tornando o tema urgente não só para o governo, mas para todo o país.

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Tarifa sobre o café brasileiro abre crise na exportação

O café brasileiro, há décadas referência mundial em qualidade e volume, foi atingido em cheio pela decisão do governo de Donald Trump de elevar a taxa de importação do grão para 50%. Essa medida, implementada no início do segundo semestre, pegou em cheio a indústria local. O resultado? Queda vertiginosa nas exportações: embarques do produto aos Estados Unidos despencaram mais de 50% em setembro se comparados ao mesmo período de 2024, segundo o Cecafé, entidade que representa o setor exportador.

A preocupação está longe de ser à toa. Os EUA sempre foram o segundo maior consumidor do café brasileiro, atrás apenas da Europa. Com custos adicionais, o produto nacional perdeu espaço para concorrentes como Colômbia e países da América Central, que não enfrentam barreiras tão elevadas.

Reverter o tarifaço do café: prioridade do governo Lula

Criticada por empresários e agricultores, a sobretaxa rapidamente entrou no topo das prioridades do presidente Lula e de sua equipe econômica. O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, revelou a empresários que as tratativas para suspender a medida estão em andamento com autoridades americanas. Vale destacar que o cenário político nos bastidores indica que há pouco otimismo em uma anulação imediata do tarifaço, mas isso não impede o Brasil de pressionar Washington por uma solução.

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Durante encontro entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, foi apresentado o pedido formal para suspensão temporária da cobrança extra. Enquanto isso, o governo prepara um plano B: buscar a inclusão do café brasileiro na lista de produtos isentos das tarifas, aproveitando o precedente que já existe para bens agrícolas considerados insubstituíveis para o consumidor americano.

Café brasileiro pode ser considerado essencial

A jogada de Brasília é argumentar que o café, cujo cultivo é praticamente inexistente nos EUA, se encaixa perfeitamente nas exceções já previstas para itens que não podem ser supridos domesticamente. Em atualizações recentes do tarifaço, o governo americano já revelou disposição para incluir dezenas de produtos nessa categoria; agora a batalha é mostrar que o café merece esse tratamento diferenciado.

Queda nas exportações e reação dos produtores

O setor cafeeiro brasileiro já sente os efeitos no bolso. Segundo Marcos Matos, diretor-geral do Cecafé, o governo demonstrou sensibilidade e entendimento do problema, além de disposição para agir rápido. Ainda assim, o desafio é grande: enquanto as conversas seguem, cada mês de tarifas pesadas significa menos receitas e redução da fatia verde-amarela no principal mercado do mundo.

Existe um otimismo cauteloso entre as lideranças do setor, que apostam no diálogo como caminho para reverter o cenário. Proteger o café brasileiro se tornou uma missão que envolve desde diplomatas até produtores rurais, todos em defesa de um símbolo nacional.

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