Mais do que um simples resultado, o confronto Japão x Brasil deixou marcas no emocional dos torcedores e acendeu o alerta da nossa comissão técnica. Quem acompanhou, sentiu junto: a empolgação do início, a surpresa da reação japonesa e aquela sensação amarga que só o futebol entrega quando nos escapa pelos dedos. Esse episódio histórico, além de manchar a invencibilidade diante do time asiático, mostra que nenhum jogo está ganho antes do apito final.
Virada inédita e sinal de alerta na Seleção Brasileira
O amistoso entre Brasil e Japão prometia um teste importante para a equipe de Carlo Ancelotti — e entregou um drama que ninguém previa. Depois de abrir 2 a 0 com gols de Paulo Henrique e Gabriel Martinelli, o grupo verde-amarelo parecia caminhar tranquilo para assegurar mais uma vitória tranquila. Só parecia. Ainda no segundo tempo, um verdadeiro “apagão” da defesa mudou completamente o rumo da partida.
Em apenas 25 minutos de bola rolando, os japoneses encontraram espaços, partiram pra cima e balançaram as redes três vezes, graças aos gols de Minamino, Nakamura e Ueda. O Japão não só empatou como virou o placar diante de uma Seleção que, até então, nunca havia sido derrotada pelos asiáticos nem perdido um jogo oficial depois de abrir dois gols de frente. Para os anfitriões, um feito histórico. Para o Brasil, um golpe que exige reflexão.
Liçoes para o futuro: defesa exposta e fim de tabu
Algo que poucos poderiam apostar: foi a primeira vez do Brasil sofrendo três gols em um só jogo desde que Ancelotti assumiu o comando. Até ali, a solidez defensiva era uma das marcas registradas da equipe, tendo sido vazada apenas uma vez sob o comando do técnico italiano — e ainda assim, só no final das Eliminatórias para a Copa, contra a Bolívia.
O desempenho ofensivo do Japão chamou atenção, especialmente com a postura agressiva depois do intervalo. Apesar de o Brasil seguir controlando a posse de bola (66% do tempo contra 34% dos japoneses), a quantidade de finalizações equilibradas e a eficiência japonesa nas bolas aéreas fizeram a diferença. O domínio no número de gols e o aproveitamento nas jogadas pelos lados demonstraram maturidade tática do Japão, que aproveitou cada vacilo brasileiro na segunda etapa.
Mudanças, testes e nomes em destaque
Carlo Ancelotti utilizou o amistoso para testar o elenco, promovendo alterações pontuais ao longo do duelo. Estêvão, Joelinton e outros nomes entraram para dar mais mobilidade, mas o Brasil não conseguiu reencontrar o caminho do gol. A defesa também sofreu para se encontrar diante da pressão japonesa e ainda viu o goleiro Hugo Souza salvar o time em outros lances perigosos.
Na reta final, até houve uma pressão brasileira com escanteios, tentativas de Richarlison e chutes perigosos de Joelinton, mas o placar não mudou. O Japão soube administrar a vantagem e comemorou uma vitória para a história do futebol asiático.
Números e curiosidades: estatísticas do confronto
Mesmo dominando em passes certos e posse de bola, a Seleção Brasileira pecou no aproveitamento das oportunidades. O Japão, por outro lado, foi cirúrgico: das 15 finalizações, 6 foram no alvo e outra ainda carimbou a trave. O equilíbrio apareceu nos escanteios (5 dos anfitriões, 2 do Brasil) e nos desarmes (11 do Brasil, 9 do Japão), ilustrando uma partida disputada até o apito final.
O amistoso realizado no Estádio Nacional de Tóquio não só trouxe um resultado inédito, mas também serviu de alerta para ajustes urgentes antes de compromissos mais decisivos.
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