Ver um longa brasileiro, como “O Agente Secreto”, ocupando tanto espaço nas conversas sobre o Oscar não é só motivo de orgulho nacional, mas também inspiração para quem acredita no poder do cinema feito aqui. A expectativa de cinco indicações reforça que histórias locais, com identidade própria, conseguem romper fronteiras e emocionar plateias no mundo todo.
O Agente Secreto se destaca na corrida pelo Oscar
A temporada de premiações começa a tomar forma, e “O Agente Secreto” surge como forte concorrente direto de Hollywood. Segundo Scott Feinberg, editor executivo para premiações no Hollywood Reporter, o mês de setembro foi decisivo para os candidatos, e agora, em outubro, o panorama dos favoritos fica mais nítido. Nesta lista, o título brasileiro aparece com cinco chances reais no Oscar, algo raríssimo para produções do país.
O enredo, ambientado no Recife de 1977, mergulha o espectador em uma atmosfera de mistério envolvendo Marcelo, personagem de Wagner Moura, um professor de tecnologia que retorna a sua terra natal fugindo de segredos do passado e acaba se tornando alvo de perseguições. A narrativa, construída com a assinatura marcante de Kleber Mendonça Filho, equilibra suspense, questões políticas da época e um retrato muito brasileiro de resistência, o que contribuiu para seu sucesso internacional.
Caminho internacional do filme
Antes mesmo do frisson com o Oscar, “O Agente Secreto” já vinha emplacando reconhecimento mundo afora. O longa rendeu a Wagner Moura o prêmio de melhor ator e garantiu ao diretor Kleber Mendonça Filho o troféu de melhor direção no Festival de Cannes, além de outras vitórias em júris paralelos. E, no Brasil, foi escolhido oficialmente pela Academia Brasileira de Cinema para representar o país na disputa pela cobiçada estatueta de Melhor Filme Internacional em 2026.
Com essa trajetória, não é surpresa ver tanto otimismo em torno do título. Vale lembrar que essas cinco possibilidades de indicação abrangem desde categorias técnicas (como Roteiro Original) até as mais prestigiadas, como Melhor Filme e Melhor Diretor – um feito e tanto, que coloca “O Agente Secreto” ao lado de poucas obras nacionais que já chegaram tão longe em premiações dessa magnitude.
As expectativas para Wagner Moura e Kleber Mendonça Filho
A estrela do filme, Wagner Moura, já vem sendo apontada como uma das grandes apostas da temporada em diversas publicações internacionais e pode, pela primeira vez, levar o Brasil ao topo das categorias de atuação no Oscar. Para Mendonça Filho, que já consolidou seu nome como um dos diretores mais respeitados da nova geração do cinema brasileiro, as previsões só confirmam o alcance global que suas produções têm conquistado.
Esse reconhecimento é resultado de um trabalho autoral, de fotografia apurada e narrativa potente, que atravessa barreiras linguísticas e culturais. O Brasil já viu talentos locais brilharem em outras categorias, mas um cenário com cinco possibilidades de prêmio simultâneo é motivo redobrado de celebração e atenção para o cinema nacional.
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